Saturday, May 11, 2013

Basiléia - Suiça

Dia 8 e 9 de maio são feriados na França e, como descobri isso de última hora, comecei a procurar lugares para viajar em que ida/volta/albergue fossem baratos e não fosse longe (dado que só ia poder ficar 2 dias). Olhando no mapa, vi que a Basiléia (Basel em inglês e Bâle em francês) não era tão longe (conhecia a cidade de nome porque tem um campeonato de clubes de vôlei no final do ano nela). Perguntei a um amigo que já morou na Suíça e ele falou que valia a pena. Fui procurar então passagens e hotel barato.

Achei trem para ida em um preço razoável, albergue também (vou falar sobre ele com mais detalhes). E achei uma carona em um site estilo unicaronas da França. Comprei as passagens, reservei o albergue e a carona (isso era segunda-feira e eu ia na terça e voltava na quinta). O cara da carona tinha até terça de madrugada para aceitar meu pedido ou não. A segunda inteira eu ficava atualizando o site para ver se o cara tinha aceito ou não e nada... Até que deu o tempo limite, e o cara não aceitou. Fiquei desesperado para procurar jeito para voltar. Achei um trem bem caro, e como não tinha outro jeito, teve que ser ele. Fiquei me convencendo por umas 2h que seria melhor, já que ganharia umas horas na cidade. Isso quando o cara me manda uma mensagem falando que não tinha conseguido aceitar por causa do deadline, se quisesse eu poderia pedir de novo. Todos os argumentos que eu estava me convencendo foram por água a baixo e fui logo reservar (o cara aceitou, mas demorou algumas horas, já estava ficando preocupado). A passagem de trem eu consegui cancelar sem nenhuma taxa.

Peguei o trem para a Basiléia,  atrasou um pouco e cheguei lá umas 22h10. Fui para o albergue. Como eu havia comentado com muita gente, eu me hospedei o YMCA:



(it was fun to stay there).

Mas para a piada ser completa, olha em que quarto eu fiquei.



E olha a cor da entrada do quarto (não eram todos dessa cor):



Os funcionários do albergue vestidos de índio, cauboi e pedreiro, eu achei melhor não tirar foto porque é muita invasão de privacidade (o policial entra na história mais tarde).

Depois de fazer checkin (umas 23h), não estava com sono e perguntei para o atendente se era seguro andar de noite na cidade. Ele respondeu "Por que não seria?". Espero que ele nunca vá ao Brasil para saber.

A parte histórica da cidade é bem pequena e concentrada e caminhei por quase toda ela, e indo por fim ao lado da catedral (Munster), onde tem uma visão bem legal do Rio Reno, que corta a cidade. Com toda essa atmosfera refinada, comi meu lanche de pão com salame feito às 8h da manhã para não gastar com comida no trem. Bem high society.



No dia seguinte, fui no museu mais importante da cidade. É um museu com pinturas desde o seculo 14 até a atualidade. Muita coisa bem legal. Além disso, estava tendo uma exposição do Picasso, mostrando as fases do pintor.
A tarde fui passear pela cidade de novo (agora de dia), e no final da tarde sentei para tomar sol nas margens do Reno (bem lotadas!).



No dia seguinte fui em um museu de antiguidades mas não pude ficar muito porque queria passar no supermercado antes de pegar a carona. Só que.... era feriado! Supermercados estavam fechados. Tive que comprar chocolate em uma outra loja que era um pouco mais caro (mas nem deu taaaanta dor no coração porque eu tinha que gastar os fracos suiços mesmo =) ).

Peguei a carona!  O motorista era um policial francês que mora perto de Paris, e cujas namorada e família moram na Suíça. Muito gente boa o cara, foi mostrando algumas coisas interessantes no caminho até Mulhouse (lê-se muluse, é uma cidade perto onde pegaríamos as outras 2 caroneiras). Até esse ponto foi mais de boa falar o francês porque ele falava e eu respondia. A partir de Mulhouse, subiram as outras duas moças (uma fotógrafa e a outra trabalha com transporte internacional). Dai foi no modo hard o fracês! Eles falavam bem rápido. Eu conseguia entender o contexto e muitas coisas, mas não conseguia participar ativamente da conversa, a menos quando me perguntavam algo e o ritmo da conversa diminuia. Falaram da Austrália (que uma das meninas tinha morado), fotografia, policiais alcóolatras. Foi uma experiência a parte. Foram 8h de viagem (4h a mais que de trem) mas valeu muito a pena (sem contar a diferença de preço!).

Comentários gerais:

Eu sabia que na Suiça existem várias línguas oficiais, mas como a Basiléia é bem perto da fronteira eu pensei: "alguma coisa de francês eles falam". Ledo engano. Eles falam alemão e quem fala fracês não é tão fluente. Eu acho legal falar alemão já que estudei um tempo, mas não estava preparado psicologicamente para isso. Mas vamos então tentar falar alemão. A maioria das vezes eu conseguia formular as perguntas, mas quando respondiam ou eu não entendia bem a resposta ou a tréplica eu me embananava e começava a colocar palavras em francês no meio (queria evitar o máximo o inglês! acho legal me virar no alemão/francês!).

Tem tram (bondinho) pela cidade *inteira*. É meio bizarro os carros passarem nos mesmos lugares que eles (aqui em Paris, é separado a via do tram e a dos carros).

Encontrei Fanta sabor Manga lá! (Comprei mas não estava gelado, então ainda não tomei).

Comi um croissant de chocolate rechado de toblerone!


Mais fotos aqui.

2 comments:

  1. Pronto! Agora sim que me deu mais saudade!!! (vide o comentário no post sobre vôlei) Eu só passei uma tarde em Basel, mas gostei muito. As suas fotos trazem muitas lembranças... o Rivella (que eu definitivamente não gosto), aquele pão com salsicha (que me lembra muito Zermatt)... Aff... tô nostálgico... Acho que a vida é uma eterna saudade :-P

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  2. Ah! Claro! Não podia deixar de destacar o croissant recheado de chocolate... Alguém por favor me arranca AGORA daqui desse quarto em Barão Geraldo??? :-P

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