Wednesday, July 3, 2013

Chateaux de la Loire

Existe um site na internet chamado Polyglot, que tem o objetivo de pessoas se ajudarem a aprender novas línguas. Ouvi um amigo meu aqui falando sobre ele e decidi ver como é. Ao tentar criar uma conta, descobri que já havia criado uma há 8 anos trás (isso mostra quanta informação pessoal temos espalhada pela internet e esquecemos). O site é bem ruinzinho, mas o que achei legal é que existem alguns eventos vinculados a esse grupo. Um dos eventos em que fui várias vezes é uma noite em um barzinho destinada a pessoas praticando outras línguas. Fui umas 4 vezes e é bem legal, primeiro porque dá para treinar o francês, mas também porque falo com pessoas aprendendo português (acho muito legal ver a dificuldade em aprender português porque me faz refletir sobre tudo que aprendemos sem perceber quando somos crianças), e por último e não menos importante, porque dá para conhecer muita gente bem legal lá.

Esse grupo organiza algumas excursões de vez em quando, e me inscrevi para ir para uma excursão aos castelos de la Loire (Chateaux de la Loire), uma região com várias residências de vários reis franceses. Em geral, não gosto de fazer turismo em excursão (tudo já está 100% definido, os horários são fixos), mas se tiver outra excursão para algum outro lugar feita por esse grupo, com certeza vou. Foi um experiência fantástica: passei um fim de semana falando somente francês e conheci pessoas *muito* legais. O legal desse tipo de excursão é que as pessoas vão pré-dispostas a conhecer outras pessoas. Inclusive vai muita gente sozinha, como eu fui.

A viagem começou cedo (saímos às 7h), e lá encontrei algumas pessoas com quem já tinha conversado no barzinho. O pessoal estava com sono na ida então não teve muita interação. Fomos primeiramente ao Chateau de Chanonceau, um castelo que foi construído em cima de um rio. Ficamos lá umas 3h. Uma coisa bem legal desse castelo é que em cada ambiente, colocam um vaso enorme de flores diferente, daí cada sala tem um cheio diferente. Dá uma experiência sensorial bem legal.







Em seguida, fomos para Tours, uma cidade da região, onde passaríamos a tarde e a noite. O traslado para Tours foi bem mais legal, porque o pessoal estava acordado. Sentei do lado de um cara de Reunion (departamento ultra marino francês), e foi engraçado porque ele estava conversando com umas meninas e quando eu sentei ele falou: "ah, ele nem precisa falar de onde é, está na cara que é alemão". Olhei com uma cara e falei "é, mas sou brasileiro". Depois disso, toda vez que conversávamos com alguém novo, perguntávamos de onde achavam que eu vinha, 80% respondia da Alemanha (inclusive duas alemãs! elas inclusive criaram uma personalidade alemã para mim, me chamo Markus Meyer e sou originário da Bavária).

Chegando em Tours, fomos para o Hotel deixar as coisas e acabei ficando no quarto do cara de Reunion e um mexicano. Saímos logo em seguida para conhecer a catedral e o centro velho (isso um grupo de ~15 pessoas). No centro da cidade fomos a um Café (Café na França é quase um sinônimo de barzinho para mim). Nisso já era tarde  e fomos jantar. Depois de procurar um pouco, encontramos um restaurante que comportasse todo mundo. Uma refeição em restaurante na França demora, em 15 pessoas então... Saímos de lá era mais de 23h. Algumas pessoas foram para o Hotel se trocar para ir para uma festa que estava no programa da viagem(nesse grupo estavam meus 2 companheiros de quarto), e outro grupo (eu inclusive), fomos a um café por um tempo para depois voltar para o Hotel e se preparar para o dia seguinte.



 Voltei para o Hotel, tomei um banho e dormi. Mais tarde meus companheiros de quarto chegaram e bateram na porta. Acordo depois no meio da madrugada, vou olhar o horário no meu celular que estava carregando do outro lado do quarto quando vejo que um cara tinha sumido (na cama dele não tinha lençol, cobertor ou travesseiro). Como estava com sono, ia voltar dormir e de manhã eu me preocuparia com isso. Foi quando resolvi ir no banheiro (e para ir para lá precisava passar por um pequeno Hall). Quando tento abrir a porto para o Hall, eis que vejo que o cara estava dormindo lá no chão (como eu bati a porta nele, ele acordou e me explicou que o outro cara estava roncando muito -- não, não era eu roncando) e não estava conseguindo dormir.

No dia seguinte acordamos, tomamos café e partimos para Blois para ver o segundo castelo. Foi legal mas foi o castelo que menos gostei. Almoçamos e depois partimos para outro castelo, o Chateaux de Chambord.






O Chateau de Chambord é inc;ivel. Devido a esse castelo, tive que ensinar a expressão em português "fechar com chave de ouro". O castelo era *muito* grande e muito bonito. E lá de cima tinha uma vista muito legal. Se tiver que escolher somente um castelo para ir, essa deveria ser a escolha.





Depois voltamos para Paris, e na viagem de volta todo mundo estava um pouco cansado. Todo mundo trocou email/telefone/facebook mas ainda não marcamos nada (eu tentei marcar uma vez mas não deu certo).


Comentários gerais:
1. A época dos reis era uma ostentação sem tamanho. Os reis construíam castelo para se mostrar mais poderosos que seus antecessores e moravam menos de um ano lá.

2. Acho que as pessoas eram desnutridas. Tinha umas camas, que eu acho que não cabia metade de mim (isso só pela altura, não pela largura!).

3. Fazendo esse post dá para perceber o quanto pessoas são importantes na história. Fui para 3 lugares muito legais, mas mais da metade da história que tenho para contar foi na interação com o pessoal.


2 comments:

  1. Oi Alex!! Por acaso vi no seu face o link pro seu blog. Adorei seu post! Com certeza voltarei mais para acompanhar suas aventuras.
    Aproveite por aí!
    Beijos
    Dani Ivasse

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  2. A paz de Cristo,gostaria de indicar meu blog:willian bugiga e o site:www.convertidos.com.br
    A paz esteja em sua casa.

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